Análise foliar: quando fazer em sua lavoura?

Em meio aos fatores que influenciam diretamente a produção das culturas agrícolas,...

Em meio aos fatores que influenciam diretamente a produção das culturas agrícolas, podemos citar a nutrição adequada das plantas, a adubação e a correção do solo. Ou seja, é fundamental contar com as melhores estratégias voltadas à redução de falhas que possam comprometer a safra e ocasionar prejuízos. A análise foliar é uma delas.

De modo geral, trata-se de um processo conduzido no intuito de coletar informações a respeito da planta e das condições do terreno.

Pensando na sua relevância, elaboramos este post para explicar como a análise foliar é utilizada para averiguar as deficiências nutricionais da lavoura e para corrigir os problemas identificados. Continue a leitura!

O que é a análise foliar?

Em termos gerais, a análise foliar é um procedimento que possibilita a mensuração da qualidade de cada cultura e auxilia na avaliação do solo. Por meio dela, é possível observar:

  • o estado de nutrição da planta, bem como os macros e os micronutrientes presentes;
  • a carência nutricional das plantas;
  • o nível de aproveitamento de nutrientes ofertados à cultura;
  • o êxito da adubação feita;
  • o momento adequado para a realização da próxima adubação;
  • as demais informações relevantes e que vão colaborar para que o produtor tome as melhores decisões em relação aos processos implementados na sua lavoura.

Na prática, as amostras de folhas das plantas são coletadas e processadas. Assim, é verificada a quantidade de certos nutrientes isolados ou moléculas. Ou seja, estamos falando de um tipo de “check-up” voltado a identificar o quanto a planta conseguiu absorver dos nutrientes disponibilizados.

A partir desse processo, torna-se mais fácil fazer eventuais ajustes no manejo nutricional. Inclusive, a iniciativa influencia diretamente a qualidade da colheita e a secagem dos grãos, viabilizando que a produção seja recolhida no momento em que atinge a maturidade fisiológica.

Como resultado, haverá uma redução — ou até a cessação — da perda de grãos e, consequentemente, uma safra mais produtiva e rentável.

Qual é a sua importância?

A importância da análise foliar se deve — em grande parte — ao fato de ser uma “ferramenta” usada para acompanhar o balanço nutricional da planta. A medida, portanto, permite a correção de eventuais deficiências de um nutriente específico que resultem de erros na adubação de base.

Ou seja, trata-se de um processo bastante útil, levando em conta que, por meio dos estudos conduzidos, é possível gerar melhorias condicionais para a cultura. Assim, os técnicos terão mais segurança na aplicação do adubo, na correção da fertilização e na irrigação da lavoura. Novamente, a iniciativa assegurará uma safra mais produtiva.

Quando e como fazer a análise foliar na lavoura?

Para que o processo seja realmente bem-feito, coletar a amostragem correta é essencial. Aliás, o mesmo vale no que se refere a conhecer as metodologias da análise foliar.

O período da coleta de amostras, no entanto, vai depender da cultura, já que, em meio às opções, temos, por exemplo, a diagnose foliar do milho, a análise foliar em cafeeiros e a análise foliar da soja. Geralmente, essa averiguação é feita com foco na correção de deficiências nas fases de desenvolvimento mais ligadas à produção.

Em se tratando de culturas anuais, por outro lado, a coleta pode ser realizada mais de uma vez na mesma safra. Normalmente, a sua execução acontece nas últimas etapas do ciclo vegetativo e no começo do ciclo reprodutivo.

A propósito, é válido destacar que algumas ações são extremamente relevantes para uma amostragem satisfatória das folhas, como:

  • separar as regiões de coleta nos mesmos talhões usados para que a análise do solo seja realizada, a fim de que, assim, haja a chance de comparação e de mensuração da adubação;
  • colher folhas de múltiplas plantas de forma aleatória, caminhando em “zigue-zague” dentro da lavoura, em cada talhão;
  • optar por sacos de papel — e não de plástico — para armazenar as folhas coletadas;
  • realizar a identificação certa da fazenda, da cultura, do talhão, da etapa de desenvolvimento e da previsão da produção;
  • não efetuar a coleta logo depois da adubação do solo e/ou da aplicação de defensivos agrícolas;
  • não coletar folhas úmidas ou molhadas, após irrigação e/ou chuva;
  • evitar as folhas que se encontram necrosadas, com suspeita de ataques de pragas e/ou com sintomas de quaisquer doenças;
  • evitar regiões que estejam próximas de estradas ou de carreadores.

Interpretação da análise foliar

Inicialmente, é importante pontuar que o local para fazer a execução foliar dependerá da região. De modo geral, é possível conduzir o processo em laboratórios particulares ou em instituições estaduais ou federais — a exemplo da EMBRAPA e de algumas universidades.

Nesse caso, a tabela de resultados contará com a identificação de macronutrientes e de micronutrientes minerais. Na prática, ambos serão apontados em suas concentrações médias nas amostras de cada talhão.

Alguns exemplos de macronutrientes são o fósforo, o nitrogênio, o cálcio, o potássio, o enxofre e o magnésio, que são apresentados em gramas por quilo (g/kg), via de regra. Já os micronutrientes, a exemplo do cobre, do boro, do molibdênio, do cobalto, do zinco e do manganês, são apresentados em miligramas por quilo (mg/kg).

Com os resultados em mãos da análise foliar, os teores de nutrientes precisam ser comparados aos valores de referência para a cultura. Caso seja observada alguma deficiência, a correção pode ser feita por meio de vários métodos — os quais veremos no tópico a seguir.

Como solucionar o problema de ausência de nutrientes?

Depois de as amostras serem coletadas e analisadas, chega o momento de identificar, por meio do conjunto de informações apresentadas, qual é o melhor plano de ação para tornar o solo mais saudável e para garantir que o plantio do negócio seja mais lucrativo. De maneira geral, algumas dicas interessantes podem ser colocadas em prática. Veja!

Calagem do solo

Essa prática tem a finalidade de reduzir a acidez do solo e pode ser utilizada para deixar os terrenos mais ricos em nutrientes, como o magnésio e o cálcio. A utilização desse método dependerá do tipo de resultado contido na amostragem.

Irrigação do solo

Aguar a lavoura é outro procedimento bastante importante. Com os dados obtidos por intermédio da análise foliar, é possível chegar à conclusão de que as plantas necessitam de mais nutrientes originários da água, por exemplo — daí a sua relevância.

Agora que você entende o que é análise foliar, qual é a sua importância etc., o ideal é recorrer ao processo em momentos estratégicos. Afinal, trata-se de uma das medidas mais fundamentais para quem busca otimizar a sua produção e conhecer mais a fundo a sua lavoura, já que oportuniza uma avaliação detalhada e quantitativa de cada um dos nutrientes que compõem as plantas.

Teve as suas dúvidas sanadas no post? Então, aproveite para seguir as nossas redes sociais (Facebook, Instagram e LinkedIn) e para assinar a nossa newsletter. Assim, você terá acesso a todos os conteúdos novos em primeira mão!

Por Redação

Análise foliar: quando fazer em sua lavoura?

Em meio aos fatores que influenciam diretamente a produção das culturas agrícolas,...
7 min

Em meio aos fatores que influenciam diretamente a produção das culturas agrícolas, podemos citar a nutrição adequada das plantas, a adubação e a correção do solo. Ou seja, é fundamental contar com as melhores estratégias voltadas à redução de falhas que possam comprometer a safra e ocasionar prejuízos. A análise foliar é uma delas.

De modo geral, trata-se de um processo conduzido no intuito de coletar informações a respeito da planta e das condições do terreno.

Pensando na sua relevância, elaboramos este post para explicar como a análise foliar é utilizada para averiguar as deficiências nutricionais da lavoura e para corrigir os problemas identificados. Continue a leitura!

O que é a análise foliar?

Em termos gerais, a análise foliar é um procedimento que possibilita a mensuração da qualidade de cada cultura e auxilia na avaliação do solo. Por meio dela, é possível observar:

  • o estado de nutrição da planta, bem como os macros e os micronutrientes presentes;
  • a carência nutricional das plantas;
  • o nível de aproveitamento de nutrientes ofertados à cultura;
  • o êxito da adubação feita;
  • o momento adequado para a realização da próxima adubação;
  • as demais informações relevantes e que vão colaborar para que o produtor tome as melhores decisões em relação aos processos implementados na sua lavoura.

Na prática, as amostras de folhas das plantas são coletadas e processadas. Assim, é verificada a quantidade de certos nutrientes isolados ou moléculas. Ou seja, estamos falando de um tipo de “check-up” voltado a identificar o quanto a planta conseguiu absorver dos nutrientes disponibilizados.

A partir desse processo, torna-se mais fácil fazer eventuais ajustes no manejo nutricional. Inclusive, a iniciativa influencia diretamente a qualidade da colheita e a secagem dos grãos, viabilizando que a produção seja recolhida no momento em que atinge a maturidade fisiológica.

Como resultado, haverá uma redução — ou até a cessação — da perda de grãos e, consequentemente, uma safra mais produtiva e rentável.

Qual é a sua importância?

A importância da análise foliar se deve — em grande parte — ao fato de ser uma “ferramenta” usada para acompanhar o balanço nutricional da planta. A medida, portanto, permite a correção de eventuais deficiências de um nutriente específico que resultem de erros na adubação de base.

Ou seja, trata-se de um processo bastante útil, levando em conta que, por meio dos estudos conduzidos, é possível gerar melhorias condicionais para a cultura. Assim, os técnicos terão mais segurança na aplicação do adubo, na correção da fertilização e na irrigação da lavoura. Novamente, a iniciativa assegurará uma safra mais produtiva.

Quando e como fazer a análise foliar na lavoura?

Para que o processo seja realmente bem-feito, coletar a amostragem correta é essencial. Aliás, o mesmo vale no que se refere a conhecer as metodologias da análise foliar.

O período da coleta de amostras, no entanto, vai depender da cultura, já que, em meio às opções, temos, por exemplo, a diagnose foliar do milho, a análise foliar em cafeeiros e a análise foliar da soja. Geralmente, essa averiguação é feita com foco na correção de deficiências nas fases de desenvolvimento mais ligadas à produção.

Em se tratando de culturas anuais, por outro lado, a coleta pode ser realizada mais de uma vez na mesma safra. Normalmente, a sua execução acontece nas últimas etapas do ciclo vegetativo e no começo do ciclo reprodutivo.

A propósito, é válido destacar que algumas ações são extremamente relevantes para uma amostragem satisfatória das folhas, como:

  • separar as regiões de coleta nos mesmos talhões usados para que a análise do solo seja realizada, a fim de que, assim, haja a chance de comparação e de mensuração da adubação;
  • colher folhas de múltiplas plantas de forma aleatória, caminhando em “zigue-zague” dentro da lavoura, em cada talhão;
  • optar por sacos de papel — e não de plástico — para armazenar as folhas coletadas;
  • realizar a identificação certa da fazenda, da cultura, do talhão, da etapa de desenvolvimento e da previsão da produção;
  • não efetuar a coleta logo depois da adubação do solo e/ou da aplicação de defensivos agrícolas;
  • não coletar folhas úmidas ou molhadas, após irrigação e/ou chuva;
  • evitar as folhas que se encontram necrosadas, com suspeita de ataques de pragas e/ou com sintomas de quaisquer doenças;
  • evitar regiões que estejam próximas de estradas ou de carreadores.

Interpretação da análise foliar

Inicialmente, é importante pontuar que o local para fazer a execução foliar dependerá da região. De modo geral, é possível conduzir o processo em laboratórios particulares ou em instituições estaduais ou federais — a exemplo da EMBRAPA e de algumas universidades.

Nesse caso, a tabela de resultados contará com a identificação de macronutrientes e de micronutrientes minerais. Na prática, ambos serão apontados em suas concentrações médias nas amostras de cada talhão.

Alguns exemplos de macronutrientes são o fósforo, o nitrogênio, o cálcio, o potássio, o enxofre e o magnésio, que são apresentados em gramas por quilo (g/kg), via de regra. Já os micronutrientes, a exemplo do cobre, do boro, do molibdênio, do cobalto, do zinco e do manganês, são apresentados em miligramas por quilo (mg/kg).

Com os resultados em mãos da análise foliar, os teores de nutrientes precisam ser comparados aos valores de referência para a cultura. Caso seja observada alguma deficiência, a correção pode ser feita por meio de vários métodos — os quais veremos no tópico a seguir.

Como solucionar o problema de ausência de nutrientes?

Depois de as amostras serem coletadas e analisadas, chega o momento de identificar, por meio do conjunto de informações apresentadas, qual é o melhor plano de ação para tornar o solo mais saudável e para garantir que o plantio do negócio seja mais lucrativo. De maneira geral, algumas dicas interessantes podem ser colocadas em prática. Veja!

Calagem do solo

Essa prática tem a finalidade de reduzir a acidez do solo e pode ser utilizada para deixar os terrenos mais ricos em nutrientes, como o magnésio e o cálcio. A utilização desse método dependerá do tipo de resultado contido na amostragem.

Irrigação do solo

Aguar a lavoura é outro procedimento bastante importante. Com os dados obtidos por intermédio da análise foliar, é possível chegar à conclusão de que as plantas necessitam de mais nutrientes originários da água, por exemplo — daí a sua relevância.

Agora que você entende o que é análise foliar, qual é a sua importância etc., o ideal é recorrer ao processo em momentos estratégicos. Afinal, trata-se de uma das medidas mais fundamentais para quem busca otimizar a sua produção e conhecer mais a fundo a sua lavoura, já que oportuniza uma avaliação detalhada e quantitativa de cada um dos nutrientes que compõem as plantas.

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