A colheita de milho é parte crucial da produção agrícola dessa cultura. Ela deve ser executada com os cuidados necessários, a fim de evitar qualquer desperdício do alimento ou contaminação durante o procedimento.
O milho é um dos grãos mais plantados e consumidos tanto no mercado externo quanto no interno. Portanto, é fundamental ter atenção desde o planejamento da produção até a colheita, armazenagem e secagem.
Continue a leitura e conheça as melhores práticas sobre a colheita de milho!
Qual é o período certo para a colheita do milho?
No Brasil, as plantações de milho passam por duas safras: no verão e no inverno. Na primeira, a colheita é realizada em diversos estados, como Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Já no inverno, conhecida como safrinha, a colheita é efetuada entre junho e setembro.
Cada área do país apresenta suas características referentes ao clima e solo. Por isso, o tempo de colheita do milho deve ser mensurado, considerando alguns aspectos como:
- o ciclo;
- o tipo de híbrido empregado;
- os aspectos do clima;
- o destino produtivo;
- a dimensão da plantação;
- a diversidade do milho plantada.
Além disso, características práticas também devem ser consideradas, como:
- o tempo necessário para finalizar a toda a colheita;
- a equipe, abrangendo não somente a quantidade de pessoas, mas a capacitação de cada funcionário para manejar ferramentas e máquinas;
- o número de colhedoras exigidas e a quantidade disponível;
- a previsão dos aspectos climáticos. Chuvas muito fortes, por exemplo, impossibilitam a colheita;
- o transporte empregado;
- os silos ou outros espaços para estocagem.
Qual é o efeito da umidade no milho?
A umidade afeta a produtividade e a qualidade dos grãos. Assim, é uma das características que devem ser analisada ao fazer a colheita, pois ela interfere no método e no período, além da secagem e no armazenamento. Por exemplo, com mais umidade, os grãos ficam cheios e, por consequência, mais pesados.
O teor de umidade do milho varia conforme o seu destino. Quando o produto vai para silos, o índice de umidade deve estar entre 65% e 75%, o que assegura uma fermentação apropriada e melhor qualidade nutricional.
Já nos casos de consumo para animais e humanos, o nível de umidade precisa estar entre 18% e 25%, exigindo uma secagem artificial. Nesse caso, ela impacta o valor nutricional.
Quando o armazenamento não for realizado em silos, a umidade do milho fica em cerca de 14%, o que impede o surgimento de insetos e fungos.
Quais são as boas práticas para a colheita do milho?
O processo de colheita de milho em espiga pode ser manual ou mecanizado. No primeiro, as espigas são tiradas com as mãos e com a ajuda de uma lâmina. Elas devem ser selecionadas conforme o tamanho, a cor e o aspecto.
O formato precisa ser uniforme, com grãos firmes e cheios, sem marcas de doenças ou pragas. Em seguida, as espigas são armazenadas em um local arejado e fresco, ou podem ser processadas após a colheita.
Já o método mecanizado consiste em empregar as colhedoras de milho. Essas máquinas efetuam o corte, o recolhimento e a debulha, sendo vinculadas a um trator. Elas precisam ser reguladas conforme o espaço entre as linhas de semeadura, a altura do corte e o diâmetro das espigas.
Confira, a seguir, outras boas práticas para realizar a colheita do milho!
Identifique o melhor período para colher o milho
A primeira safra de milho do ano é feita no começo do outono. Mas o agricultor pode observar os grãos para verificar se eles atingiram a maturação fisiológica.
Quando o alimento está pronto para ser colhido, a metade dos grãos na espiga apresenta uma mancha escura no ponto de inserção dela. A umidade para colhê-lo costuma estar em aproximadamente 25%, sendo um ótimo sinal de que a colheita pode ser efetuada.
Lembre-se também de realizar o monitoramento da umidade e da maturação. Essas características possibilitam entender se é o período certo de colheita ou não.
Veja a velocidade de deslocamento da colhedora
A velocidade de deslocamento da colhedora pode impactar a capacidade de debulha. Quando o equipamento está muito rápido, com um cilindro em rotação reduzida, pode haver um grande desperdício de grãos. Com uma velocidade mais baixa e elevada rotação no cilindro, os resíduos misturados e a quantidade de grãos quebrados aumentam.
O mais indicado é que a máquina esteja entre 4 km/h e 6 km/h. Velocidades mais altas podem ser empregadas para a colheita do milho seco. Já a rotação do cilindro deve estar entre 300 rpm e 800 rpm, variando segundo a umidade.
Além disso, faça o monitoramento do desperdício de grãos, usando uma lona plástica ou um quadro vazado no campo. O aceitável é perder um saco de 60 kg para cada hectare. Caso perceba uma quantidade maior do que essa, reduza a velocidade da colhedora ou a rotação do cilindro.
Efetue a manutenção das máquinas
Manutenções preventivas evitam prejuízos sérios nas máquinas e interrupções surpresas no meio do processo.
Uma regulagem errônea, por exemplo, gera quedas produtivas durante a colheita. Ao verificar as colhedoras de maneira periódica antes da atividade, o seu funcionamento é garantido e, assim, não há defeitos nem paradas no meio da colheita.
Preste atenção ao clima
Muita chuva interfere na performance das colhedoras. Por isso, o agricultor deve verificar as condições do clima para planejar a colheita e impedir perdas produtivas. Hoje, há métodos de meteorologia de precisão capazes de ajudar nesse processo.
Quais são os cuidados em relação ao processo de secagem?
O processo de secagem garante mais qualidade ao milho, fazendo com que ele possa ficar mais tempo armazenado e protegido de fungos e demais microrganismos nocivos. Alguns cuidados com a secagem são:
- colher o milho quando atingir o máximo de matéria seca;
- remover resíduos indesejáveis dos grãos antes da secagem;
- armazenar os grãos em um lugar seco, arejado e limpo, protegido de umidade e pragas.
Durante a secagem, é fundamental efetuar o monitoramento dos níveis térmicos e de umidade para evitar o calor excessivo, o que pode prejudicar os grãos e deixá-los com o teor de umidade abaixo do necessário.
Para isso, você pode empregar a solução Ultragaz para secagem de grãos e sementes. Ela consiste em um sistema automatizado e abastecido com GLP. Esse combustível conta com uma alta eficiência energética e controle da chama, o que o torna o procedimento econômico, efetivo e seguro.
Além disso, o processo acompanha, em tempo real, as informações de umidade e temperatura. Os dados são enviados a uma plataforma online, pela qual o responsável consegue desenvolver ações rápidas acerca da secagem. Assim, é uma tecnologia sofisticada em prol da produção agrícola.
Como vimos, ao realizar a colheita de milho, é necessário considerar alguns detalhes e implementar boas práticas. Nesse caso, utilize um sistema de secagem de grãos e sementes efetivo no monitoramento do processo.
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