O custo de produção é um importante item que você, como empreendedor, deve considerar na gestão do seu agronegócio. Ele permite, por exemplo, avaliar a viabilidade de uma plantação e a montagem de um planejamento mais eficiente da lavoura.

No Brasil, a cultura de arroz é extremamente valiosa devido ao seu valor econômico e social, e existem diferentes indicadores que ajudam a avaliar essa produção agrícola, como o lucro por hectare, a produtividade de arroz de sequeiro por hectare, a produtividade de arroz irrigado por hectare e outros.

Neste artigo, vamos nos concentrar em apenas um indicador: o custo de produção de arroz. Leia o nosso post e confira como calcular o custo de produção de arroz por hectare em 2024!

O que é o custo de produção de arroz?

É um indicador que envolve todos os gastos necessários para a lavoura, desde a compra de sementes até a distribuição, permitindo o cálculo do custo operacional efetivo (COE), do custo operacional total (COT) e do custo total (CT). Ele envolve os custos fixos e variáveis.

Na safra 2021/2022, o valor da saca de arroz (50 quilos) envolveu um custo operacional de R$ 68,70, conforme a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). Na safra 2022/2023, esse custo operacional aumentou para R$ 82,32.

O que considerar no cálculo?

No cálculo do custo de produção de arroz por hectare, é importante considerar os itens que fazem parte da produção agrícola, como os insumos e as operações agrícolas. Os insumos envolvem:

• corretivos e fertilizantes;
• sementes;
• defensivos agrícolas.

Quanto às operações, elas abrangem o plantio convencional, o plantio direto e o pré-germinado. Vamos analisar melhor cada um desses itens no próximo tópico.

Como realizar o cálculo do custo de produção de arroz por hectare?

Depois de citar quais são os itens que devem compor o cálculo do seu custo de produção de arroz, vamos ver como eles devem ser aplicados na conta.

Insumos agrícolas

Os insumos são os itens necessários para o começo e a manutenção da lavoura. Embora pareça simples calcular os insumos, eles exigem uma gestão cuidadosa. Confira os mais relevantes.

Corretivos e fertilizantes

Tudo se inicia com a correção e a fertilização do solo. Os gastos com calcário, por exemplo, podem ser calculados por uma safra ou diluídos durante os anos em que permanece o efeito da calagem.

Quando nos referimos a uma safra apenas, é preciso multiplicar o preço da tonelada de calcário pela quantidade que será usada em um hectare:

• custos com corretivos = P por t x t/ha.

Em relação à adubação, o cálculo só pode ser feito por safra, considerando que elas acontecem anualmente. O cálculo da adubação envolve o preço do quilo de fertilizantes (NPK ou individuais) e a quantidade usada por hectares:

• custos com fertilizantes = P por kg x kg/ha.

Sementes

Para saber quantas sementes serão usadas por hectare, é necessário ficar atento à densidade do plantio. Assim, você deverá calcular o preço por quilo de sementes. Em seguida, é preciso multiplicar o preço por quilo pelo total de sementes por hectare, em quilos:

• custos com sementes = P por kg x kg/ha.

Defensivos agrícolas

Os defensivos são calculados de forma semelhante. Devem ser considerados todos aqueles que foram usados durante a safra, isto é, do pré/pós-plantio até o momento da colheita.

Mas é preciso ter cuidado, pois é muito simples se perder nessa fase. É preciso incluir a quantidade de defensivos aplicados por hectare, em quilos ou litros. Em seguida, deve-se multiplicar o resultado pelo valor do litro de defensivo:

• custos com defensivos = P por l x l/ha.

Operações

As operações envolvem cálculos mais complexos. Lembre-se de que a aplicação dos insumos se relaciona a uma ou mais operações. Assim, os preços dos insumos também integram o cálculo das operações. O cultivo de arroz envolve operações diversas, conforme o tipo de plantio. Veja!

Plantio direto

No plantio direto, estão inclusas a semeadura e as operações com defensivos agrícolas. Nesse tipo de plantio, há pouca intervenção no solo durante o manejo agrícola.

Plantio convencional

No plantio convencional, o produtor agrícola realiza a aração, a gradagem e as operações de semeadura e de fertilizantes.

Pré-germinado

Nesse tipo de plantio, entram no cálculo as operações de aração, enxada rotativa para formar a lama, nivelamento, alisamento, semeadura e aplicação de defensivos.

Cálculo das operações

Como dissemos, o cálculo das operações é mais complexo. Vamos considerar o passo a passo para fazer as contas.

Quantidade de horas para cada atividade

O produtor rural deve aplicar o total de horas para cada atividade, que deverão ser divididas uma a uma. Assim, será possível otimizar o controle e identificar onde podem ser feitas melhorias que aumentem a produtividade e reduzam os custos.

Depois que as operações forem mapeadas, tanto para implantar quanto para conduzir a lavoura, o custo de cada uma será calculado.

Caso as operações sejam realizadas com máquinas alugadas, fica mais fácil organizar o total de gastos. Mas se as máquinas forem próprias, há outros pontos que devem ser analisados.

Manutenção

Os gastos com manutenção também devem entrar na conta. O produtor deve somar a manutenção e a depreciação ou a desvalorização de cada máquina. Também é preciso multiplicar o preço do combustível por hora de consumo. Em seguida, devem ser divididos os hectares cultivados.

Em relação à manutenção, estime a média das que são recorrentes em cada safra. Quanto mais detalhes, mais preciso será o resultado. Existe uma fórmula para calcular a depreciação anual da máquina:

• depreciação = valor de compra – valor residual ao final da vida útil / anos de vida útil.

Vale destacar que o cálculo de depreciação é feito por horas de vida útil. Para isso, é necessário identificar a média de horas em que a máquina é usada por safra ou ano.

Outras operações

Vejamos outras operações e como elas influenciam no cálculo do custo de produção de arroz por hectare:

• mão de obra: valor da hora trabalhada x total de horas trabalhadas;
• custos financeiros: custo de oportunidade, juros incidentes em financiamentos para comprar máquinas e implementos e juros referentes ao custeio da safra;
• transporte: preço pago por hora x total de horas / quantidade de hectares;
• armazenagem: valor gasto no armazenamento total / total de hectares produzidos.

Para encerrar, vamos considerar a operação de secagem, que também deve ser incluída no cálculo do custo de produção de arroz. Essa é uma operação importante para garantir a umidade adequada aos grãos destinados ao armazenamento, e o gás GLP tem se revelado uma ótima solução nesse sentido, gerando economia e bons resultados.

Agora você já sabe como acertar no seu cálculo de custo de produção de arroz, de que forma realizar isso por hectare e todos os elementos que devem ser considerados. Entendeu ainda como fazer a secagem do arroz e porque vale a pena contar com o gás GLP para ter mais economia e eficiência.

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