Não é segredo para ninguém que empreender é uma tarefa difícil, que exige muita dedicação e esforço para fazer com o que o negócio funcione. Independentemente de a sua empresa ser uma loja de roupas, um comércio, ou um restaurante, por exemplo, os custos costumam ser sempre elevados, o que faz com que um bom planejamento seja fundamental.

Por isso mesmo, um bom empreendedor precisa conhecer bem os seus custos e identificar aqueles que são diretos, indiretos, fixos e variáveis. Somente com uma boa demarcação de cada uma dessas despesas você conseguirá organizar e planejar bem as contas da sua empresa.

Não sabe o que é custo direto e indireto? Nem o que são os custos fixos e variáveis? Você não precisa se preocupar, pois este texto foi pensado exatamente para esclarecer essas questões.

Continue com a gente para entender tudo sobre cada um desses termos!

O que são custos diretos?

Entre os tipos de custos existentes, o primeiro que vamos abordar é também aquele que é mais fácil de ser mensurado: os custos diretos. De forma breve, nós podemos definir esse valor como aquele que é bem perceptível e que está diretamente relacionado ao produto final, como a matéria-prima e a mão de obra.

A questão desse tipo de custo é que ele não precisa de muitos cálculos, pois são valores facilmente verificados dentro do processo de aquisição ou produção dos bens comercializados. Além disso, eles são fundamentais para garantir o funcionamento do empreendimento.

Por exemplo, uma pizzaria, com certeza, precisará de uma cozinha, não é verdade? Se, por acaso, esse espaço for alugado, o aluguel pode ser considerado um custo direto, já que ele é fundamental para o funcionamento da empresa, tem o seu valor facilmente identificado e deve ser levado em consideração no processo de precificação.

A compra de ingredientes e equipamentos, a aquisição de produtos, as embalagens utilizadas para armazenamento e, até mesmo, o salário dos funcionários também são exemplos de custos diretos.

O que são custos indiretos?

Os custos indiretos, por sua vez, são aqueles que têm um processo de identificação e mensuração mais complexo, utilizando o critério do rateio. A questão dos custos indiretos é a dificuldade de definir qual o seu valor para cada unidade produzida pela empresa.

Mantendo o nosso exemplo da pizzaria, o valor pago nas contas de luz e de água podem ser considerados como custos indiretos, justamente porque não há como saber de forma precisa qual foi o valor adicionado em ambas as contas por cada pizza que foi produzida.

É por isso que, como solução a esse problema, é utilizada a técnica do rateio, que nos permite ter uma ideia aproximada do valor. Um exemplo disso é pegar a conta de luz do mês e dividir o valor pelo total de pizzas produzidas no período, tendo assim, um número para ser usado como referência.

O que são custos fixos?

Agora, nós trataremos de uma outra relação de custos, que são aqueles fixos e variáveis. Começando pelos fixos, nós podemos dizer que eles são todos aqueles gastos da empresa que são cotidianos, ou seja, eles sempre estarão ali, independentemente de como anda a movimentação do negócio.

Não importa se você vendeu mais ou menos, se teve prejuízo ou lucro, se fez sol ou chuva, esses custos permanecem se repetindo dentro de um período de tempo. Todo mês, por exemplo, você tem que arcar com salários, aluguel de escritório, armazém, cozinha e, até mesmo, impostos, ou seja, aqueles famosos boletos que nós sempre temos que pagar.

Esses custos que sempre estão aí, de forma definitiva e cotidiana, são considerados os custos fixos. Vale lembrar que o que é fixo é a sua cobrança, e não o valor cobrado. Isso significa que um aluguel pode aumentar com o passar do tempo, assim como os funcionários podem receber reajustes e os impostos podem aumentar ou diminuir, mas os custos continuam fixos.

O que são custos variáveis?

Diferentemente dos custos fixos, os custos variáveis têm um elemento mais aleatório. De forma geral, eles costumam estar relacionados à demanda por produção daquele mês, apesar de isso não ser necessariamente uma regra.

Continuando com a nossa pizzaria, é natural que em alguns meses sejam vendidas mais pizzas do que em outros. Portanto, os gastos da empresa comprando a matéria-prima, como as massas, o molho de tomate e o queijo, será diferente a cada mês.

Além disso, algumas excepcionalidades também podem entrar como custos variáveis, como algum equipamento que deu problema e precisa de reparos ou, até mesmo, alguma nova aquisição.

Por que é importante conhecer cada um deles?

Cada um dos tipos de custos apresentados possui as suas características próprias, portanto, pede uma forma individual de administração. Como eles funcionam de forma única, é necessário conhecê-los profundamente para conseguir demarcar onde cada custo se encaixa no seu fluxo.

Com essa separação, você consegue controlar muito melhor o seu orçamento e melhorar o planejamento financeiro da sua empresa, o que é importantíssimo, não é mesmo?

Como calculá-los?

De forma geral, a lógica para verificar o gasto total com um tipo de custo é dividi-lo pelo número de produtos que foram produzidos no mês. Esse processo é utilizado tanto nos custos indiretos (observando-se a conta de água no mês e dividindo pelo número de pizzas produzidas no período) quanto nas despesas variáveis.

Mais uma vez dando o exemplo da pizzaria, no caso dos custos variáveis, você poderia somar o total gasto com matéria-prima, como massa e molho de tomate, com outros custos que também podem ser variáveis, e depois, dividir pelo número de pizzas feitas.

Tanto no caso dos custos fixos quanto nos custos diretos, essa identificação é mais rápida e fácil, não sendo necessário realizar grandes cálculos.

Enfim, seja o custo direto, indireto, fixo ou variável, todos eles merecem ser tratados com bastante atenção para garantir a saúde financeira do seu negócio. Por isso, é muito importante você entender cada um deles para, então, conseguir classificá-los na categoria correta, melhorando a sua gestão financeira consideravelmente.

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