Ter uma boa fotografia gastronômica é cada dia mais importante para estabelecimentos de food service. Afinal, pedir comida por aplicativos de delivery virou hábito para 60% da população, segundo estudos realizados pela Edelman.
Quer dizer, pode ser muito mais prático e preferível para uma parcela do público escolher o que comer sem sair de casa. Isso não significa que o espaço físico tende a deixar de existir, já que outras pessoas não abrem mão da experiência presencial.
Contudo, o maior interesse das pessoas pela solicitação digital sinaliza que o seu restaurante deve ter imagens de qualidade das refeições oferecidas. Caso contrário, fica difícil atrair o público e estimular o consumo gastronômico. Além disso, as fotografias também são benéficas para registrar os pratos no cardápio.
Percebe como existe muito sobre as fotografias gastronômicas que você precisa conhecer? Assim, continue a leitura e entenda a importância desse tipo de registro, como usá-lo e quais dicas para fazer boas fotos!
Qual é a importância da fotografia no consumo?
As fotos gastronômicas são elementos fundamentais para transmitir a marca do estabelecimento. Assim, se os registros não têm a resolução ou o profissionalismo buscado pela clientela, é essa a percepção que ela terá do seu restaurante.
Da mesma maneira, fotografias gastronômicas de qualidades e criativas sinalizam que o estabelecimento defende esses valores. Logo, quem procura restaurantes com esse perfil, seja para consumo presencial ou por delivery, pode usar isso como critério.
Então, se sabor, textura, entrega, preço e outros aspectos foram tão positivos quanto às fotografias gastronômicas, que causaram a primeira impressão, o cliente pode se fidelizar.
Se isso ocorrer, também é possível que ele compartilhe a sua marca entre amigos e familiares no boca a boca ou pelas redes sociais. Seja qual for o canal escolhido, a repercussão contribui para que a sua marca cresça cada vez mais.
Como usar a fotografia gastronômica para promover o seu negócio?
Como visto, os registros dos pratos trabalhados no restaurante é um prato cheio, com perdão pelo trocadilho, para vendas por delivery. Afinal, a fotografia gastronômica é um dos principais contatos do consumidor para avaliar se o estabelecimento merece a confiança e a decisão de compra dele.
Sem esses registros, você precisará usar banco de imagens para ilustrar o pedido, o que não costuma ser muito atrativo e causar desconfiança. Quer dizer, você compraria uma roupa cuja loja diz que a peça é baseada no modelo X, mas não mostra, de fato, como ela é?
Lembre-se também que a fotografia gastronômica é útil para ilustrar cardápios, digitais ou físicos, alimentar as redes sociais, produzir vídeos, propagandas e flyers.
A propósito, se você planeja fazer a transição de cardápios impressos tradicionais para versões digitais, não é recomendado não reaproveitar as fotos anteriores. Isso porque, além de as fotografias passarem por tratamentos distintos para cada um dos meios, os cardápios digitais permitem ampliar as imagens e ver mais detalhes.
Como fazer boas fotos gastronômicas?
Para trazer informações sobre esse tema e apoiar os negócios de alimentação fora do lar, a Ultragaz promoveu uma live no Instagram com o fotógrafo gastronômico Bruno Bomtempo. Quem conduziu o bate-papo no perfil @ultragazoficial foi o consultor e palestrante Matheus Lessa, fundador do canal Domine seu Restaurante e embaixador da Fispal Food Service.
O fotógrafo trouxe dicas e informações práticas para produzir boas imagens, tanto “caseiras”, utilizando o próprio smartphone, quanto contando com o apoio de um profissional. A seguir, acompanhe as dicas e as informações!
Use a câmera que você já tem e melhor conhece
No dia a dia, é possível fazer fotos com celular, que facilita e traz agilidade. Afinal, teoricamente você já tem o aparelho e conhece as principais funções dele para tirar melhor proveito. Nesse sentido, Bruno chama a atenção para três fatores.
O primeiro deles é limpar a lente da câmera. O segundo é buscar uma boa fonte de iluminação. Por fim, ele sugere ter uma produção do cenário.
“Quando fizer a foto, olhe como se estivesse vendo um post em sua rede social e avalie se o prato parece apetitoso.”
Em muitas situações, porém, Bruno defende que vale a pena investir na contratação de um fotógrafo gastronômico profissional. Afinal, as fotos gastronômicas é que vão fazer o prato ser escolhido na internet.
Invista em iluminação contínua
Como visto, a iluminação é um quesito importante no registro da fotografia gastronômica, seja com celular ou câmera profissional. Assim, a mais fácil de manusear é a iluminação contínua, especialmente indicada para iniciantes em fotos.
Isso porque o flash pode ser mais difícil de direcionar e modelar. Além disso, a iluminação contínua pode ser até uma luminária simples e articulável do próprio restaurante, como as lâmpadas LEDs.
Observe a iluminação de boas fotos gastronômicas
Existem particularidades nesse tipo de fotografia, que podem torná-la mais ou menos atrativa. Uma das grandes influências disso é a iluminação, cuja escolha varia conforme o tipo de refeição. E claro, é possível escolher mais de uma fonte de luz para a mesma foto. Assim, as três principais iluminações são dura, suave e híbrida.
A primeira traz uma sombra bem marcada e um forte contraste entre a luz. Para criar esse efeito, você pode colocar a luz na lateral dos alimentos, um pouco atrás deles. Essa é uma estratégia para ressaltar textura e brilho dos alimentos.
Enquanto isso, a iluminação suave é caracterizada pelo efeito de contrastes menos definidos. Isso pode ocorrer ao aproveitar a iluminação natural e enquadrar a refeição próxima a uma janela, por exemplo.
A iluminação híbrida é prismática para que a imagem tenha mais de um efeito. Assim, você pode usar uma luz principal e outras secundárias, conforme suas preferências. Por exemplo, a principal pode ser a luz natural de uma janela ou até um softbox, caso o dia esteja nublado.
Para minimizar as sombras causadas pela luz principal, a luz secundária entra em cima de frente para a comida ou na lateral. Para isso, não é preciso necessariamente de outra lâmpada. Um isopor branco ou espelho, capazes de refletir luz, podem ocupar esse lugar.
Cuidado com o empratamento e direção de abordagem do prato
“Não se trata simplesmente de colocar o prato na mesa, é importante deixar a comida mais bonita. Mas esqueça desses vídeos postados na internet sugerindo colocar cola na pizza para parecer que o queijo está derretendo! A comida precisa ser a que de fato é servida”, afirmou.
O mais importante é exibir o prato na fotografia de maneira similar a como ele seria oferecido ao cliente. Para o investimento ter o resultado esperado, Bruno afirma que é necessário fazer um planejamento detalhado da sessão de fotos.
O ponto de partida é garantir o alinhamento entre o fotógrafo, o dono do estabelecimento (ou o profissional que faz a contratação) e o chef. Com isso, definem-se as entradas, os pratos principais e as sobremesas que serão fotografados e em que ordem.
Foto de gastronomia não se come
Para fazer alguns efeitos estéticos, é preciso recorrer a materiais não comestíveis, como cola, verniz e outros que ajudam a literalmente esculpir a estética do alimento. Assim, o efeito da fotografia gastronômica pode ficar muito mais interessante.
“Normalmente começo fotografando os pratos mais elaborados. Assim, o chef pode começar a preparar com antecedência. Além disso, se surge algum problema, dá tempo de refazer durante a sessão.”
Ele destacou a importância de cuidar do food styling, um trabalho que pode ser feito pelo fotógrafo ou pelo próprio chef. Sugeriu ainda separar ingredientes utilizados nas receitas para ajudar na composição da cena.
Então, o que achou das dicas para tornar a fotografia gastronômica do seu restaurante muito mais atrativa? Como visto, boas fotos podem servir para cardápio digital e físico, redes sociais, aplicativos de delivery, vídeos de propaganda e muito mais.
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